Os prefeitos gaúchos são favoráveis à unificação das eleições gerais e municipais.

Os prefeitos gaúchos são favoráveis à unificação das eleições gerais e municipais. Cerca de 150 pessoas, entre elas 80 prefeitos(as), participaram de seminário, nesta segunda-feira (13/4), na sede da Famurs, para debater a reforma política nacional. Estiveram presentes no evento o presidente da Federação, Seger Menegaz, e os presidentes de três partidos com maior número de prefeitos no Rio Grande do Sul: Ary Vanazzi (PT), Ibsen Pinheiro (PMDB) e Pompeo de Mattos (PDT).

De acordo com Menegaz, os prefeitos gaúchos defendem a unificação das eleições. Para isso, os gestores municipais concordam que é necessária uma eleição para seis anos em 2016. “Ninguém concorda com um mandato tampão de dois anos para unificar as eleições a partir de 2018”, justificou. Outro tema que preocupa os prefeitos é o financiamento público de campanha. “Estamos receosos sobre esse assunto, pois temos medo de que essa proposta possa inviabilizar a candidatura de prefeitos e vereadores”, revelou ao alertar sobre o risco de concentração de verbas para as campanhas a deputado, governador e presidente.

A partir do debate será elaborado um documento com as propostas da entidade a ser enviado aos presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha; e do Senado, Renan Calheiros. Também participaram da reunião o deputado estadual Vilmar Zanchin; ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Victor Faccioni; os prefeitos que integram a diretoria da Famurs, Luiz Carlos Folador, Tito Lívio, Eduardo Buzzatti e Fábia Richter.

Confira a posição dos partidos.

Ary Vanazzi (PT) : Considera o modelo atual esgotado. Critica o alto custo das campanhas e o financiamento empresarial, sendo a favor somente do financiamento privado. Defende a valorização e fortalecimento das entidades partidárias, com o fim da reeleição e o voto em lista. Além disso, salienta a importância de equiparar as eleições, fornecendo igualdade dos cargos para mulheres. Vanazzi afirma que a reforma política é capaz de atender os partidos políticos e os anseios da população.

Ibsen Pinheiro (PMDB) : Admite a necessidade urgente de reformas políticas, porém lamenta que o nosso sistema seja “aprisionado por minorias”, o que faz com que as propostas continuem tramitando na Câmara e no Senado sem nenhum resultado. Critica o sistema eleitoral e o financiamento de campanhas e propõem um mandato curto e mandato longo. “Represente as minorias e dê as maiorias o poder de governar”, afirmou ele.

Pompeo de Mattos (PDT) : Não acredita na reforma política e sim em ajustes e mudanças na atual conjuntura. Critica o alto custo das eleições e admite a necessidade de um limite de gastos com financiamentos de campanhas. Para Mattos, precisa-se corrigir o sistema atual proibindo as coligações, diminuindo os gastos e garantindo no mínimo 20% a eleição de mulheres.

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Data de publicação: 13/04/2015