Municípios com uma jornada digital apresentam mais receita, menos gastos e mais recursos para investir na população e no desenvolvimento econômico
Prestar um serviço público de qualidade ao cidadão está na mira de todos os gestores. Mas alguns processos, burocracias e diferente ferramentas para fazer a coleta e armazenamento de dados tem feito muitos municípios enfrentarem dificuldades para fazer, de fato, entregas eficientes. Com esse cenário, a IPM Sistema apresentou aos gestores, durante o 41º Congresso de Municípios do RS, uma ferramenta de inteligência artificial (IA) que funciona de forma autônoma e auxilia as administrações municipais a tomarem decisões mais estratégicas e com retorno efetivo.
O grande questionamento trazido durante o painel “Inteligência Artificial na gestão pública: o futuro das cidades é aqui e agora” é como construir uma cidade inteligente de verdade. “Com a IA, o cérebro digital, eu consigo ter uma gestão preditiva, que age hoje para prever o que vai acontecer e já tomar decisões que vão construir um futuro melhor para todos, sem fazer a função bombeiro, com filas intermináveis na saúde e na educação”, explicou a gerente de Tecnologia e Inovação na IPM Sistemas, Lucia Méss.
Conforme Lucia, que apresentou a Dara, uma inteligência artificial voltada para a gestão pública, a IA analisa, em questão de segundos, milhares de parâmetros para informar o melhor curso de ação, além de responder perguntas como “onde construir creches na minha cidade?”, “que alunos vão para cada escola?” ou “que pacientes vão para posto de saúde?”. Isso, porque é possível prever as necessidades futuras através da demanda no serviço público.
Apesar das alternativas tecnológicas, a gestão pública, de forma geral, ainda tem uma cultura pré-histórica, salienta Lucia. Atualmente no Brasil, apenas 17% dos órgãos públicos utilizam sistema de gestão em nuvem, enquanto na indústria privada o índice chega a 94%. “Já se faz gestão pública como futuramente, com soluções totalmente em nuvem, para que o gestor e o cidadão acessem de qualquer lugar e qualquer horário; com sistemas únicos de gestão integrada de ponta a ponta, porque a gestão pública não é só contabilidade, fiscal, RH ou saúde, é tudo isso e muito mais, integrado e funcionando junto. E já se faz devido a essas duas tecnologias: gestão pública com inteligência artificial”, afirmou.
Ao longo do painel, foi apresentado o potencial de implementar a IA nas prefeituras, que tem como resultado gestões municipais com mais receita, menos gastos e mais recursos para investir na população e no desenvolvimento econômico. Um dos exemplos citados foi o do município de Gravataí, que teve aumento em 247% na receita própria a partir de uma melhor gestão. Outro exemplo foi o do município paranaense, Araucária, que teve redução de gastos em papel de R$ 1,3 milhão. “O papel é a menor parte da equação, o gasto com burocracia é muito maior que isso”, frisou Lucia.
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Informações da notícia
Data de publicação: 13/06/2023
Créditos: Ellen Renner
Créditos das Fotos: Igor Flamel