Famurs lança campanha informativa em parceria com o Conselho Regional de Farmácia do RS (CRF/RS) para chamar a atenção de gestores e comunidade para prevenção à monkeypox

Os casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox) subiram para 115 no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, são 59 casos confirmados. Os dados foram divulgados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) nesta segunda-feira, dia 05/09. A confirmação de casos em 28 municípios gaúchos levou a Famurs, em parceria com o Conselho Regional de Farmácia do RS (CRF/RS), a lançar uma campanha informativa e voltada à prevenção da monkeypox.


De acordo com o coordenador técnico da Saúde, Paulo Azeredo, o objetivo é orientar e conscientizar a população sobre as causas da doença e as formas de prevenção. “Conforme já divulgado pela OMS é importante a conscientização imediata da população sobre esse vírus, sendo necessário o uso de preservativo em todas as relações sexuais, o que contribui também na redução de casos de sífilis, Aids e outras doenças, e a redução de parceiros sexuais”, ressaltou Paulo.


A secretária-geral da Diretoria do CRF/RS, Zelma Padilha, ressaltou a importância da campanha. “A conscientização das medidas preventivas pela população é extremamente importante. O alerta da OMS e MS estão bem claros quanto ao uso do álcool gel, máscara e preservativos. O contágio se dá através do contato com as secreções. Por isso o cuidado neste sentido”, alertou.


O presidente da Famurs, Paulinho Salerno, lembrou que desde o dia 23 de julho, a OMS classificou a varíola dos macacos como uma emergência de saúde global. “Os municípios precisam estar em alerta, as equipes de saúde e toda a população devem buscar as informações disponíveis, pois é o conhecimento que vai ajudar a prevenir novos casos da doença", destacou.


A prevenção é basicamente evitar o contato com alguém contaminado. Recomenda-se o isolamento e uso de máscara do infectado, bem como o reforço na higiene de mãos e o não compartilhamento de objetos. Como a transmissão também se dá pele a pele, é recomendado o uso de preservativos em todos os tipos de relações sexuais.


A monkeypox é uma doença causada por vírus. A transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação, tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas, é geralmente de seis a 13 dias, podendo chegar a 21.


Conforme o Ministério da Saúde (MS), os sinais mais comuns que classificam um caso como suspeito é apresentar início súbito de lesão em mucosas ou erupção cutânea aguda em qualquer parte do corpo, incluindo a região genital, mas o mais comum é aparecer no rosto, braços e pernas. Outros sintomas são febre, dor de cabeça intensa, nas costas e inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha). Também são comuns lesões na pele, que costumam surgir mais frequentemente no rosto, braços e pernas.


O monkeypox foi identificado pela primeira vez em 1958 em macacos de laboratório. De onde origina-se o nome de varíola dos macacos. Em 2022, foram registrados casos em diversos países da Europa, América do Norte, América do Sul e África. 


O Brasil ultrapassou cinco mil casos confirmados de monkeypox. No total, são 5.409 casos confirmados e 5.487 suspeitos, conforme última atualização do MS no dia 04/09. O primeiro óbito confirmado pela doença ocorreu em Belo Horizonte (MG). A vítima era um homem de 41 anos, com câncer e baixa imunidade, quadro agravado pela varíola dos macacos.

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Data de publicação: 06/09/2022

Créditos: Janis Morais