Uma pesquisa realizada pela Famurs apontou que 75% dos municípios que responderam o levantamento ainda não possuem um Conselho Municipal específico de Direitos das Pessoas com Deficiência

Com objetivo de fomentar as políticas públicas no Rio Grande do Sul destinadas às pessoas com deficiência, a Famurs em parceria com o Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Coepede) promoveu na noite desta segunda-feira (07.06) uma live para falar sobre o tema.

Durante a live, o presidente da Famurs, Maneco Hassen apresentou uma pesquisa realizada pela federação que apontou que 75% dos municípios que responderam o levantamento ainda não possuem um Conselho Municipal específico de Direitos das Pessoas com Deficiência. Outro dado revela que 90% dos municípios considera importante ter um conselho específico tratando sobre o tema. E 82% dos municípios consultados querem ajuda do Conselho Estadual para a formação de um Conselho Municipal que debata os temas ligados com a inclusão. A pesquisa da Famurs ouviu 231 municípios do Rio Grande do Sul.

“São dados que chamam a nossa atenção e que merecem um olhar especial. Precisamos desenvolver estratégias com diálogo e responsabilidade que possibilitem a criação de Conselhos de Direitos das Pessoas com Deficiência nos municípios gaúchos. É muito importante ter a cobrança para que se consiga resultados em políticas de incentivo à formação de Conselhos Municipais de Direito das Pessoas com deficiência. As entidades precisam cobrar cada vez mais os políticos. É preciso fazer a boa cobrança nas prefeituras. Nem sempre os prefeitos e vereadores enxergam sozinhos. Por isso, as entidades devem criar alternativas de aproximação para que essa pauta ganhe prioridade das gestões municipais”, destacou o presidente da Famurs, Maneco Hassen.

A live “Famurs e Copede no incentivo à formação de Conselhos Municipais de Direitos das Pessoas com Deficiência” foi realizada com transmissão pelo Facebook da Famurs e pelo canal no youtube da entidade. Participaram do encontro a presidente do Coepede, Jussara Muller de Assis, a conselheira Cimone Halberstadt e o presidente da Famurs, Maneco Hassen.

O debate além de abordar a importância e a necessidade de aumentar o número de Conselhos Municipais no estado, foram apresentados dados relacionados aos espaços já existentes, obtidos através de pesquisa com as Secretarias Municipais de Assistência Social.

O que são os Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência?

O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza ações como o acompanhamento, monitoramento, avaliação e a fiscalização das políticas destinadas à pessoa com deficiência, por meio da articulação e diálogo com as demais instâncias de controle social e os gestores da administração pública direta e indireta.

Os Conselhos Municipais de Direitos das Pessoas com Deficiência devem ser criados e implementados através de projetos de lei municipais, por proposta do poder executivo ou da sociedade civil organizada, aprovados pelo poder legislativo.

De acordo com o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Defici­ência (Conade), são competências dos Conselhos Municipais:

  • propor e deliberar sobre ações para os planos e programas dos municípios referentes à promoção e à defesa dos direitos das pessoas com deficiência;
  • zelar pela efetiva implementação da política para inclusão da pes­soa com deficiência;
  • acompanhar o planejamento e avaliar a execução das políticas pú­blicas relativas à pessoa com deficiência;
  • acompanhar a elaboração e a execução da proposta orçamentária pertinente à consecução da política para inclusão da pessoa com deficiência;
  • propor a elaboração de estudos e pesquisas que objetivem a me­lhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência;
  • propor e incentivar aos órgãos competentes a realização de cam­panhas visando à prevenção de deficiências e à promoção e defesa dos direi­tos da pessoa com deficiência;
  • deliberar sobre o plano de ação estadual/municipal anual.
  • acompanhar, mediante relatórios de gestão, o desempenho dos programas e projetos da política municipal para inclusão da pessoa com deficiência;
  • colaborar com o monitoramento e a implementação da Conven­ção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e do seu Protocolo Faculta­tivo em seu âmbito de atuação;
  • Eleger seu corpo diretivo;
  • Elaborar e aprovar o seu Regimento Interno; e
  • Convocar a Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

 

Informações da notícia

Fonte: Voltaire Santos/ Famurs

Data de publicação: 07/06/2021

Créditos: Voltaire Santos/ Famurs

Créditos das Fotos: Voltaire Santos/Famurs

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