Presidente da Famurs avalia vacinação contra a covid-19 no interior gaúcho

O cenário de continuidade da vacinação contra a covid-19 no Rio Grande do Sul é uma das preocupações do presidente da Famurs, Maneco Hassen. O principal motivo é a falta de insumos (IFA, substância essencial para a produção de imunizantes pelos institutos brasileiros) e a ausência de planejamento por parte das autoridades responsáveis pela aceleração de novos trabalhos, o que acaba atrasando o processo da chegada de novas doses no Estado.

Maneco explica que alguns municípios gaúchos receberam apenas sete ou 10 doses do imunizante. “A partir desta terceira leva, que já está sendo distribuída, não há notícias de novas remessas. O governo federal tem se atrapalhado. A nossa preocupação é com a quantidade de doses que ainda é pequena, e é necessário aumentar os instrumentos de vacinação”, destaca.

O presidente da Famurs explica que o governo gaúcho tem se mobilizado junto às prefeituras, na busca de novas alternativas, mas enfrenta a ausência de vacinas no mercado. “O governador tem tratado com laboratórios. Nós também já fomos ao Instituto Butantan para viabilizar a compra direta, tem sido uma busca constante, mas o problema é a ausência de vacinas. Toda a compra deveria ser feita pelo governo federal e então ser distribuída aos municípios”, afirma.

Diante das incertezas, o presidente da Famurs garante que é necessário reforçar as medidas de prevenção para que não haja colapsos na saúde diante de um processo de novas produções de imunizantes que é relativamente longo. Atrelado a isso, Maneco reforça o trabalho que vem sendo realizado entre o governo, a própria Famurs e as prefeituras gaúchas que são representadas pela entidade. “Na próxima quinta (28/01) teremos um encontro para atualizar as questões da vacinação e demais assuntos, como a volta às aulas. Na próxima semana, vamos realizar seminários regionais com os novos gestores e servidores, a fim de detalhar as novas regras e estabelecer prioridades até que a vacinação consiga atingir a maioria da população”, ressalta.