Com objetivo de promover o debate sobre a inclusão de mais mulheres na política e conscientizar gestores, chapas e coligações sobre a lei eleitoral, a Famurs apresentou a campanha publicitária “ Uma Voz por Todas.

Com objetivo de promover o debate sobre a inclusão de mais mulheres na política e conscientizar gestores, chapas e coligações sobre a lei eleitoral, a Famurs apresentou a campanha publicitária “ Uma Voz por Todas. Por mais mulheres na política ”. A iniciativa inédita da entidade foi apresenta pelo presidente Dudu Freire; pela primeira-dama municipalista, Daniela Meller, e pela coordenadora de Gênero, Tânia Feijó, durante solenidade de abertura da Assembleia de Verão: os desafios das Eleições 2020. O lançamento oficial será realizado no mês de março.

A campanha busca mostrar o real papel, espaço e valor que a mulher gaúcha e brasileira tem no cenário político, não de desigualdade de espaço e atuação, de candidaturas laranjas e de coadjuvante, mas sim de protagonismo na política e de igualdade com os homens. “Hoje no nosso país, menos de 11% dos cargos eletivos são ocupados por mulheres. Este é um problema estruturante da nossa sociedade. Sociedade machista e que precisa buscar meios de alterar esta verdadeira injustiça que ocorre, não só aqui no Brasil, mas em praticamente todos os países do mundo. A Famurs não pode virar as costas para este problema muito sério, inclusive fazendo com que muitos partidos incorram em crimes eleitorais, utilizando candidatas de últimas horas, as chamadas candidaturas laranjas”, frisou o presidente.

Conforme Dudu Freire, o objetivo da campanha não é combater as candidaturas laranjas, tendo em vista esta é uma atribuição da Justiça Eleitoral e do Ministério Público, mas de diminuir o problema conscientizando candidatos e partidos. “Precisamos incentivar cada vez mais a participação da mulher na política, fazendo com que elas tenham papeis de importância nas gestões públicas, nas direções partidárias, dando segurança para que as mulheres possam trabalhar nesse meio dominado pelos homes. É papel da Famurs combater essa desigualdade”, esclareceu o presidente.

Em seu discurso, a coordenadora de Gênero, Tânia Feijó, ressaltou que este é um ano em que a responsabilidade dos gestores redobra e por haver muita prática política, a entidade não poderia deixar de se manifestar acerca do tema. “Precisamos falar sobre a falta de representatividade feminina na política, do comportamento dos dirigentes no processo de escolha das candidatas e das estruturas partidárias desfavoráveis às mulheres. Precisamos falar da cota mínima de 30% de candidaturas por gênero”, pontuou. “É fundamental que os responsáveis partidários entendam a igualdade de gênero como um valor necessário para a consolidação democrática. Afinal de contas, quando mulheres e homens compartilham a responsabilidade sobre qualquer assunto relevante para a sociedade, contemplam o universo de temas essenciais para o bem-estar comum.”, complementou Tânia.

A primeira-dama municipalista, Daniela Meller, evidenciou a importância de falar sobre a representatividade da mulher na política durante abertura do evento. “Em outras oportunidades, o assunto e as mulheres estariam em uma assembleia separada, em um horário alternativo, ou até mesmo fora da programação oficial”, justificou. “Mas os tempos são outros. A participação da mulher na política, é de interesse comum, pois afeta a organização partidária e a eleição de todos aqui presentes. A voz da mulher tornou-se um assunto prioritário neste pleito municipal, no qual a lei determina que a cota por gênero seja de no máximo 70% e, consequentemente, no mínimo 30%”, salientou.

Daniela destacou que, em relação a mulher, o desafio dos partidos ainda é preencher o percentual mínimo de cotas com representatividade efetiva e candidaturas qualificadas, que não sejam laranjas. Ela alertou que, caso essa conscientização não aconteça, as candidaturas, as chapas inteiras e as coligações podem ser inviabilizadas, com inelegibilidade para futuras eleições, multa aos partidos e perda do tempo na propaganda. Além das punições eleitorais, poderá haver punições criminais, pois a fiscalização do Ministério Público e da Justiça Eleitoral será intensa.

“Neste contexto, apresentamos hoje uma iniciativa inédita da Famurs: uma Campanha Por mais Mulheres na Política, que será lançada oficialmente em março. Este projeto deverá ser usado como uma ferramenta de trabalho para os líderes partidários e gestores municipais. Sendo assim, convidamos todos a aderirem à essa causa, para que tenhamos uma eleição em que as mulheres ocupem seus espaços e que realmente sejam ouvidas de uma vez por todas. Por toda a sociedade”, finalizou a primeira-dama municipalista.

O certificado de participação da Assembleia de Verão: os desafios das Eleições 2020 está disponível em:http://www.credenciamento.cnm.org.br/certificados/certificado/busca/459

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Data de publicação: 17/02/2020