Com intuito de analisar e debater a recuperação e as potencialidades produtivas de lagos, rios e territórios lindeiros, aconteceu na tarde desta quarta-feira (30/1), na sede da Famurs, o Terceiro Encontro dos Municípios Hidroviários do RS.

Com intuito de analisar e debater a recuperação e as potencialidades produtivas de lagos, rios e territórios lindeiros, aconteceu na tarde desta quarta-feira (30/1), na sede da Famurs, o Terceiro Encontro dos Municípios Hidroviários do RS. O evento ocorreu em parceria com a Associação Hidrovias do Rio Grande do Sul (HidroviasRS) e reuniu cerca de 60 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários, servidores e técnicos municipais, autoridades, entidades e empresas relacionadas ao sistema hidroviário.

Nesta edição, com o tema “Caminhos para o Desenvolvimento”, o evento buscou despertar o interesse no transporte hidroviário para geração de riquezas, empregos, novas empresas e tributos, tanto para o Estado quanto aos municípios contemplados. Entre as pautas, o prefeito de Tapes e presidente da Acostadoce, Silvio Rafaeli, falou sobre a importância das hidrovias para o desenvolvimento dos municípios. Já o diretor-superintende do Porto de Rio Grande abordou a interface das hidrovias com o Porto de Rio Grande. O painel final ficou por conta do vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Papel, Papelão e Cortiça do RS (Sinpasul), Walter Lídio Nunes, que tratou do transporte hidroviário como fator de desenvolvimento.

De acordo com a HidroviasRS, apesar do transporte por água ser mais vantajoso, em virtude dos menores investimentos, consumo de combustível e de impacto ambiental, o Rio Grande do Sul não possui políticas públicas que estimulem o uso das hidrovias interiores e dos seus territórios marginais. Conforme levantamento da entidade, o Estado possui em seu Sistema Hidroviário Interior cerca de 1.200 km de vias navegáveis. Contudo, hoje, menos de 700 km são utilizados. “São mais de 60 municípios banhados por lagos ou rios que poderiam explorar essas áreas para criar verdadeiros núcleos produtivos, industriais, logísticos e ou de esporte, turismo e lazer”, aponta o presidente da HidroviasRS, Wilen Manteli.

Participaram da mesa de abertura, representando  a Famurs, o coordenador-geral, Darci Lauermann; o presidente da HidroviasRS, Wilen Manteli; representando o governo do Estado, o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Rodrigo Lorenzoni; representando a Fiergs, o coordenador do Grupo Temático de Logística e do Conselho Superior de Infraestrutura, Sérgio Luiz Klein; o presidente da Farsul, Gadeão Silveira Pereira; o vice-presidente da Federasul, Antonio Carlos Bacchieri; e o diretor da Federarroz, Anderson Belloi.

Saiba mais:

A HidroviasRS foi criada em maio de 2018 através de uma parceria entre a Famurs, a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) e outras empresas que utilizam o transporte por água. A entidade é uma associação civil, sem fins lucrativos.

A iniciativa surgiu a partir da necessidade de despertar interesse e mostrar à sociedade a importância dos recursos naturais existentes no Estado e que possuem grande potencial para o desenvolvimento de hidrovias. Entre os objetos das empresas associadas estão propor sugestões para assegurar a plena navegabilidade do Sistema Hidroviário Interior, elevando, desta forma, a competitividade dos produtos transportados e a sustentação dos empreendimentos que se instalarem às margens das hidrovias. Além disso, a associação busca mobilizar os setores público e privado para reunirem esforços visando estimular o desenvolvimento econômico e social das regiões lindeiras às hidrovias.

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Data de publicação: 31/01/2019