Prefeitos apontam desenvolvimento sustentável como desafio dos municípios

Os prefeitos da Serra e Região Metropolitana apontaram a adoção de ações para o desenvolvimento sustentável como uma das demandas mais urgentes das regiões. O tema foi destaque nas manifestações dos gestores municipais que participaram da reunião do projeto RS 2030. O oitavo encontro do novo ciclo de debates foi realizado, na quinta-feira (27/4), em Gramado. Estiveram presentes representantes das Associações dos Municípios de Turismo da Serra, do Vale do Rio dos Sinos, do Vale do Rio Caí, da Região Metropolitana de Porto Alegre e da Encosta Superior do Nordeste. O evento contou com a participação de 36 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e líderes locais.

O coordenador-geral da Famurs, José Scorsatto, ressaltou o trabalho desenvolvido pela entidade. “Estes encontros representam um esforço para aproximar ainda mais a Famurs dos prefeitos. É a oportunidade de pensarmos sobre o que queremos em 2030”, observou. O prefeito de Gramado, João Alfredo de Castilhos Bertolucci, apontou que o grande desafio da região é se desenvolver de maneira equilibrada. “Sem sustentabilidade, Gramado vai inchar e perder o encantamento”, avaliou. O prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, apontou como alternativa o investimento em ações de inteligência. “Pensar a cidade a longo prazo exige planejamento estratégico”, avaliou.

Outros temas

O prefeito de Canela, Constantino Orsolin, reclamou do aumento da violência nas cidades gaúchas. “Afinal de contas, de quem é o problema da segurança? O Estado tem que fazer a parte dele”, ponderou. O dirigente também cobrou mais investimentos do Piratini e da União na área da saúde.

O vice-prefeito de Nova Santa Rita, Antônio dos Santos, lamentou que, muitas vezes, as prefeituras tenham que assumir responsabilidades que são de outros entes federados. “O município, além de todas as suas obrigações, está fazendo o dever do Estado”, observou. O prefeito de Guabiju, Diego Vendramin, lamentou que a falta de acesso asfáltico ainda seja uma realidade em muitos municípios gaúchos. “Isso entrava o progresso”, alertou.

Turismo, meio ambiente, mobilidade urbana e pacto federativo foram outros temas que entraram em pauta durante o encontro. O coordenador do RS 2030, Jairo Jorge, afirmou que a Famurs tem legitimidade para propor o debate sobre o futuro por ser “a entidade mais plural e participativa do Rio Grande do Sul”. O ex-prefeito de Canoas defendeu a união de esforços para resolver os problemas. “É preciso criarmos uma sinergia para sairmos deste quadro onde se olha mais para a crise do que para a solução”, refletiu.

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