A construção de um hospital foi apontada pelos prefeitos da Zona da Produção como uma das principais demandas da região.

A construção de um hospital foi apontada pelos prefeitos da Zona da Produção como uma das principais demandas da região. O tema foi destaque nas manifestações dos gestores municipais que participaram da reunião do projeto RS 2030. O quarto encontro do novo ciclo de debates foi realizado, na quarta-feira (22/03), em Palmeira das Missões. Estiveram presentes representantes das Associações dos Municípios da Zona da Produção, do Alto Uruguai e do Planalto Médio. O evento contou com a participação de 132 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais e líderes locais.

O coordenador-geral da FAMURS, José Scorsatto, ressaltou que o propósito do RS 2030 é identificar políticas públicas capazes de melhorar a vida nas cidades gaúchas. “Queremos discutir com vocês as dificuldades regionais. Vamos anotar essas demandas para que possamos ter uma agenda e trabalhar pelo desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, observou. O prefeito de Palmeira das Missões, Eduardo Russomano Freire, apontou a construção de um hospital como uma prioridade dos municípios de toda a região. “Esse projeto [do hospital regional] vem se arrastando há muito tempo e temos que tirar do papel”, defendeu.

A luta para erguer a estrutura já completou nove anos. O que atravanca o início da construção é a falta do aval do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul para a continuidade do processo licitatório. Freire estima que, assim que tiver a autorização do órgão de controle, o hospital, que será construído em Palmeira das Missões, ficará pronto em até dois anos. Uma obra que vai beneficiar a população de 72 municípios. O custo estimado do projeto é de R$ 160 milhões. A prefeitura já possui R$ 60 milhões depositados em uma conta. O Ministério da Saúde se prontificou a liberar outros R$ 100 milhões quando a obra estiver em andamento.

A necessidade de oferecer melhor assistência à população na área da saúde também foi reforçado pelo prefeito de Pinheirinho do Vale, Elton Tatto. “Nós precisamos fortalecer o SUS”, explicou.

Insegurança

Outro assunto que obteve destaque durante o encontro foi o aumento da violência urbana nos municípios de médio e pequeno porte. O prefeito de Redentora, Nilson Costa, fez um desabafo. “Nós não temos segurança”, sintetizou. O município de pouco mais de 11 mil habitantes teve a agência do Banrisul assaltada em janeiro deste ano. Costa reclamou ainda que os policiais não possuem equipamentos adequados para enfrentar os bandidos.

O prefeito de Boa Vista das Missões, Carlos Bueno, reclamou do esforço que os municípios precisam fazer para garantir o policiamento. “Estamos pagando aluguel para os brigadianos trabalharem para o governo [do Estado]”, alertou. O coordenador do projeto RS 2030, Jairo Jorge, demonstrou preocupação com a escalada da violência no Rio Grande do Sul. “[A falta de segurança] não era um problema das pequenas cidades. Hoje, é real”, lamentou.

Falta de acesso asfáltico, duplicação da BR-386, atrasos nos repasses do governo do Estado, transporte escolar e reforma tributária foram outros temas que entraram em pauta durante o encontro. Mesmo diante das dificuldades, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati defendeu que os gestores municipais atuem com entusiasmo. “O Brasil vive hoje a maior recessão da sua história. Podíamos estar reclamando, mas queremos buscar soluções. Não tenho dúvida que os gestores fazem o possível para melhorar a vida das pessoas”, alertou.

Assessoria de Comunicação Social
(51) 3230.3150 / 99330.8399

[email protected]

Debate sobre o futuro do RS

Informações da notícia

Data de publicação: 23/03/2017