De tempos em tempos, retorna a discussão sobre o tamanho ideal do Estado.

De tempos em tempos, retorna a discussão sobre o tamanho ideal do Estado. Alguns defendem uma estrutura reduzida ao mínimo, em que os organismos estatais pouco interfiram na vida das pessoas. Outros bradam por uma máquina forte, que contemple o nosso cotidiano em quase todos os aspectos.

Considero que o Estado deve ter o tamanho necessário, e nada mais. Ou seja, uma estrutura que assegure o financiamento das prioridades essenciais – provendo saúde, educação, assistência social, infraestrutura e segurança para as pessoas. Deve também incentivar o desenvolvimento, jamais sendo um obstáculo para quem produz. Pelo contrário, precisa ser um parceiro dos empreendedores e trabalhadores.

Para isso, devemos ter a coragem de revisar a organização estatal. É preciso repensar aparatos deficitários, que retiram recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas. Cargos e secretarias podem ser reduzidos. Mais parcerias com o setor privado podem ser fomentadas. Qualidade, transparência e eficiência devem ser princípios a conduzir as gestões.

Na última eleição, a sociedade já indicou que quer um caminho diferente. As pessoas estão cansadas da inoperância, do desperdício de recursos e da corrupção. Exigem que o dinheiro público seja bem investido e que suas necessidades básicas sejam supridas. Querem ter a liberdade para empreender, do pequeno comerciante ao grande industrial.

Hoje, pagamos o preço por adiar as reformas e a mudança dessa consciência cidadã. A construção de um país evoluído depende da discussão sobre o tamanho do Estado que queremos. Ou seja, que atenda às prioridades das pessoas e que crie um ambiente propício ao desenvolvimento. Ou damos esse passo, ou ficaremos mais uma vez para trás. E a conta será cobrada no futuro.

Presidente da Famurs e ex-prefeito de Arroio do Sal

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Data de publicação: 03/03/2017