Dois senadores gaúchos manifestaram apoio a um pleito da Famurs que questiona a criação de novas despesas aos municípios.

Dois senadores gaúchos manifestaram apoio a um pleito da Famurs que questiona a criação de novas despesas aos municípios. A Federação está atenta em relação à apreciação do Projeto de Lei (PLC) 210/2015, que tramita no Senado Federal e prevê pagamento de adicional de insalubridade a agentes comunitários. Conforme o presidente da Famurs e prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto, não está claro qual ente federado vai pagar essa conta. “Em um cenário como este, é inadmissível qualquer medida que possa representar despesas adicionais às prefeituras. Por mais que considere legítimo o pleito dos agentes, a Famurs não pode ignorar a alarmante falta de recursos das gestões municipais”, justifica.

O Rio Grande do Sul possui, atualmente, pelo menos 12.878 agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, que recebem um salário médio de R$ 1,3 mil mensais. Se aprovada, a matéria pode representar uma despesa anual de R$ 40 milhões às prefeituras gaúchas. “As prefeituras não têm como pagar mais esta conta”, alerta Luciano.

Na última semana, a Famurs encaminou ofício aos três senadores gaúchos. Em resposta, a senadora Ana Amélia Lemos afirmou que já foi solicitado estudo um orçamentário para explicar a fonte do custeio. “Estou atenta a essa matéria e, certamente, votarei de modo à preservar as contas de estados e municípios”, garantiu. O senador Lasier Martins também manifestou apoio à reivindicação da Famurs ao se colocar à disposição para tratar do assunto com o líder do seu partido no Senado. O senador Paulo Paim ainda não se pronunciou em relação ao tema.

Confira o ofício da Famurs aos senadores gaúchos

Senhor Senador,

Os senadores devem analisar em plenário o projeto de lei (PLC nº 210/2015) na próxima terça-feira (16/08). A proposta prevê, entre outras medidas, que os Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias passem a receber adicional de insalubridade. O problema é que não está claro quem vai pagar essa conta.

Pelo menos 12.878 Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias estão em atividade nos 497 municípios do Rio Grande do Sul. Estes profissionais recebem, em média, R$ 1.300 por mês. Se ficar com a responsabilidade pelo pagamento do adicional de insalubridade, as prefeituras gaúchas terão um gasto anual de R$ 40 milhões.

É do conhecimento de todos que os municípios enfrentam um período de crise financeira. Em um cenário como este, é inadmissível qualquer medida que possa representar despesas adicionais às prefeituras. Por mais que considere legítimo o pleito dos agentes, a Famurs não pode ignorar a alarmante falta de recursos das gestões municipais. Sendo assim, desejamos que o senhor esteja ao lado dos municípios na hora de decidir esta questão. As prefeituras não têm como pagar mais esta conta.

Luciano Pinto
Presidente da Famurs

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Data de publicação: 22/08/2016