O enfraquecimento da atividade econômica, a diminuição da arrecadação e a contração nos investimentos públicos são alguns dos resultados sentidos pelos gestores municipais em função da crise.
O enfraquecimento da atividade econômica, a diminuição da arrecadação e a contração nos investimentos públicos são alguns dos resultados sentidos pelos gestores municipais em função da crise. Na manhã desta quinta-feira (7/7), o Congresso dos Municípios do RS chamou especialistas em economia para oferecer pontos de vista e indicar soluções para a retomada do desenvolvimento do país.
Mediado pelo prefeito de Tapera, Ireneu Orth, o painel também contou com a presença do economista Ricardo Hingel. Ele apontou três eixos que devem levar à saída da crise: redução da inflação, equilíbrio do déficit fiscal e elevação da taxa de investimento. “É preciso saber que o excesso fiscal foi o que trouxe o Brasil para essa crise”, ponderou.
Para o ex-secretário da Fazenda do RS Odir Tonollier, há um risco da “municipalização geral” dos serviços públicos em função do recente congelamento dos gastos nos outros entes federados. “O Governo Federal segue hoje um política deliberada que não tem em mente o crescimento econômico. Para os municípios, vai piorar a situação”, criticou.
A presidente da Federasul, Simone Leite, frisou que as dificuldades no setor público não podem ser resolvidas com um sufocamento ainda maior da atividade privada. “Para que tenhamos mais recursos públicos, precisamos aumentar a base da arrecadação, e não aumentar impostos”, apontou.
Quatro desafios centrais para a economia gaúcha foram apontados por Alfredo Meneghetti: balança comercial, clima, pleitos do Governo Federal e finanças públicas. Para o professor de economia da PUCRS, é preciso haver um cuidado especial com a desoneração. “Benefícios fiscais são gastos invisíveis. Precisamos de avaliação melhor para ver se, neste momento de crise, contratos são efetivamente cumpridos”, defendeu.
Fechamento de contas
No primeiro painel do dia, o consultor da área de Receitas Municipais da Famurs, Milton Mattana, e o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Fazenda e Finanças, Ricardo Gottardo, falaram sobre fechamento das contas. De acordo com Gottardo, o pleito deste ano não pode servir de pretexto para que os gestores municipais posterguem as medidas de gestão fiscal. “Não podemos deixar a eleição ser maior que a gestão pública”, alertou. Mattana alertou que os prefeitos precisam fazer o dever de casa para evitar dificuldades na hora de fechar as contas. “Uma boa gestão passa pelo controle efetivo de receitas e despesas municipais”, alertou.
Confira a programação do evento.
7 de julho – Quinta-feira
12h | – Intervalo |
13h30 | – Apresentação: Desafios e compromissos do gestor público para a mobilidade segura e a gestão eficiente do trânsito |
14h | – Painel: O desafio de unir o país em tempos de turbulência política |
16h | – Posse da diretoria Gestão 2016/2017 |
17h30 | – Entrega do 1º Prêmio Boas Práticas |
19h | – Encerramento |
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Informações da notícia
Data de publicação: 07/07/2016