O economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, demonstrou otimismo ao falar sobre as perspectivas para a retomada da economia brasileira.
O economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, demonstrou otimismo ao falar sobre as perspectivas para a retomada da economia brasileira. Ele fez, na manhã desta quarta-feira (6/7), a palestra especial de abertura do 36º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, que é realizado em Porto Alegre. “O pior já passou. Estamos em uma fase de reconstrução”, defendeu o especialista. Ele projeta que os próximos cinco anos serão de retomada da economia.
Para Padovani, o aumento das exportações, estabilização do consumo, retomada gradual dos investimentos e, principalmente, a volta da confiança são fatores que podem tirar o país da recessão. “Como faz a economia crescer? Tem que trazer a confiança de volta. Se volta a confiança, o crescimento volta”, projetou.
Histórico da crise
Roberto Padovani iniciou a palestra com a apresentação da cronologia da atual crise financeira. Lembrou que, a partir de 2002, as commodities (minério de ferro, petróleo, soja e etc.) tiveram um aumento significativo de preço nos mercados mundiais. Movimento provocado pela demanda aquecida na China. O cenário favorável possibilitou o aumento de divisas de países exportadores como o Brasil.
A euforia contribuiu para que o governo federal aplicasse recursos em investimentos, expansão do crédito e aumento dos gastos públicos. De acordo com o economista, a falta de mão de obra qualificada e as limitações estruturais do país provocaram o aumento dos custos de produção e redução dos investimentos. “O país cresceu muito mais do que poderia. Crescer sem infraestrutura leva ao colapso”, explicou.
O período que ficou conhecido como “ciclo das commodities” perdeu força a partir de 2011. No entanto, na avaliação de Padovani, pouco foi feito pelo governo federal diante da mudança de cenário. “O Brasil foi levado ao colapso por absolutamente incompetência administrativa”, avaliou Padovani.
Outra consequência da gestão ineficiente foi o descontrole inflacionário. “Inflação de 11% talvez tenha sido o maior crime cometido nos últimos tempos. Destrói a capacidade de consumo”, lamentou. Ao ressaltar que a retomada da economia passa pelo controle dos gastos públicos, Roberto Padovani exaltou o trabalho desenvolvido pela Federação. “A discussão da Famurs [sobre pacto federativo] é central no país”, elogiou.
Confira a programação do evento
6 de julho – Quarta-feira
12h | – Intervalo |
13h45 | Apresentação: Soluções estratégicas e financeiras para o desenvolvimento dos municípios gaúchos |
14h | – Painel: Segurança pública: qual a responsabilidade dos municípios? |
16h15 | – Apresentação: Estratégias da Caixa para o desenvolvimento dos consórcios públicos intermunicipais |
16h30 | – Painel: Pauta municipalista: demandas estaduais e federais |
17h30 | – Visitação à feira |
19h | – Encerramento |
20h | Jantar de confraternização |
7 de julho – Quinta-feira
9h | – Apresentação: 15º Prêmio Gestor Público |
9h15 | – Apresentação: A presença do Brasdesco no poder público |
9h30 | – Painel: Gestão fiscal responsável: orientações para o fechamento de contas |
10h | – Painel: Perspectivas para a retomada da economia brasileira |
12h | – Intervalo |
13h30 | – Apresentação: Desafios e compromissos do gestor público para a mobilidade segura e a gestão eficiente do trânsito |
14h | – Painel: O desafio de unir o país em tempos de turbulência política |
16h | – Posse da diretoria Gestão 2016/2017 |
17h30 | – Entrega do 1º Prêmio Boas Práticas |
19h | – Encerramento |
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Informações da notícia
Data de publicação: 06/07/2016