Os problemas de infraestrutura no modal rodoviário representam o principal entrave para o desenvolvimento dos municípios da região da Campanha.

Os problemas de infraestrutura no modal rodoviário representam o principal entrave para o desenvolvimento dos municípios da região da Campanha. A demanda foi apontada no primeiro encontro do RS 2030, projeto liderado pela Famurs, para debater ideias e propostas que possam levar o Estado e os municípios gaúchos ao crescimento, ao fomento na qualidade de vida e ao protagonismo do cenário nacional. O evento realizado nesta terça-feira (8/9) em Bagé, reuniu prefeitos e lideranças da região da Associação de Municípios do Sudoeste do Estado (Assudoeste), composta pelas cidades de Candiota, Aceguá, Dom Pedrito, Lavras do Sul, Caçapava do Sul e Hulha Negra.

O coordenador do projeto e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, dirigiu o encontro e ressaltou a importância dos debates regionais promovidos pela Famurs. “Todos nós devemos trabalhar para buscar soluções para o Estado, independente de partido político. Somente uma entidade como a Famurs, que tem em sua gênese a pluralidade, pode conduzir esse debate. No RS 2030 queremos ouvir as demandas de todas as regiões para melhorar a perspectiva do Rio Grande do Sul”, refletiu.

O presidente da Assudoeste e prefeito de Lavras do Sul e Alfredo Borges, salienta que, embora rica em biodiversidade e com grande vocação para o agronegócio, a região da Campanha sofre os efeitos da baixa densidade populacional e a pouca representatividade política. “Nossos municípios da faixa de fronteira representam apenas 25% da população do Estado. Com isso, não somos vistos pelos governantes. É preciso mudar essa realidade”, alertou Alfredo Borges, representando o prefeito de Candiota e presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador.

Para ilustrar as dificuldades de infraestrutura na região, Borges descreve a entrada em operação no ano de 2018 de uma mina de fosfato em Lavras do Sul. Conforme o prefeito, a capacidade de extração corresponde a 100% do consumo gaúcho do minério. “Diariamente será necessário escoar 700 toneladas deste produto. Isso representa aumento significativo no tráfego de caminhões e carretas em nossas estradas e rodovias, muitas sem asfalto”, diz. Como alternativa para resolver o problema o presidente da Assudoeste recomenda a união de esforços para a região atrair o traçado da Ferrovia Norte Sul. “A mina de fosfato está situada a menos de um quilômetro de uma ferrovia concedida à iniciativa privada”, ressalta o prefeito.

O presidente da Associação de Municípios da Fronteira Oeste (AMFRO) e prefeito de Rosário do Sul, Luis Henrique Antonello, também participou da programação e disse que o desenvolvimento da região passa por investimentos em infraestrutura. “Não podemos pensar no desenvolvimento se não pensarmos em melhorar e potencializar os meios logísticos da região. Recuperação e ampliação das rodovias, atração e utilização de ferrovias e aeroportos regionais devem ser as diretrizes para o desenvolvimento”, destacou.

Os prefeitos da região da Campanha também apontaram a necessidade de alterar a legislação federal que restringe a injeção de capital estrangeiro em empresas nacionais. Conforme os prefeitos além das dificuldades enfrentadas no setor de logística, os municípios fronteiriços e o RS perdem investimentos do Uruguai e Argentina e novas oportunidades para recuperar e fortalecer a economia dos municípios e do Estado.

As propostas do primeiro encontro serão sistematizadas e deverão constar no documento final que será elaborado a partir dos debates nas demais regiões.

Próximos encontros

15/9 – Santa Cruz do Sul

22/9 – Rosário do Sul e Santa Maria

29/9 – Frederico Westphalen e Passo Fundo

06/10 – Caxias do Sul e Taquara

13/10 – Ijuí

20/10 – Pelotas

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A Famurs realizou o primeiro encontro do ciclo de debates sobre o futuro do Rio Grande do Sul. O evento foi realizado na terça-feira(8/9), em Bagé.

Informações da notícia

Data de publicação: 09/09/2015