BULLYING E CYBERBULLYING NAS ESCOLAS

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, 40% dos estudantes do 9º já sofreram bullying nas dependências de escolas, públicas e privadas, do Brasil. Mas apesar de as pesquisas recentes relatarem aumento nos casos de bullying em escolas, tal exaspero não se deve a um recente fenômeno. Ocorre que não só os índices educativos ofereceram um olhar mais atento para este problema estrutural da educação no país, mas também a cultura brasileira passou a reconhecer o bullying como resultado de uma série de violências sistêmicas contra as crianças, desde a estrutura familiar e social dos estudantes, culminando no comportamento violento no ambiente escolar. 

Já fenômeno do cyberbullying é uma reedição deste cenário pré-existente, assomado ao advento e popularização da internet nos lares e escolas brasileiros. Guarda, pois, relações intrínsecas com a violência praticada na escola; nesta linha relata o senso Ipsos que o cyberbullying é praticado majoritariamente por colegas de classe, sendo que no Brasil esta é a verdade em 53% dos casos. 

Ressalva-se, no entanto, que o “cyber” não se refere apenas à transposição da violência para o mundo digital. O anonimato e a presença precoce das crianças na internet são as circunstâncias de um cenário ainda mais nocivo aos educandos, perfilhado de grupos de ódio, abuso sexual, incentivo à automutilação e ao suicídio, entre outros. Pode-se dizer que, nesta instância, a tecnologia catalisou a lesividade e alcance das violências escolares. 

Reforçado ainda mais o compromisso do país com prevenção do bullying e cyberbullying, o Governo Federal editou a Lei nº 11.841/2024, que tipifica tais condutas no Código Penal. 

Destarte, faz-se mister que professores e demais profissionais envolvidos na educação de crianças e adolescentes encontrem diretivas de prevenção e resolução do bullying e cyberbullying, inclusive o amparo jurídico necessário para tratar de tais casos. A condução correta das ocorrências escolares (ou associadas ao ambiente escolar) serão decisivas para que o Poder Público possa efetivar as estratégias de combate já postas, além de fomentar futuras pesquisas que utilizarão estes dados para elaboração de políticas públicas. 

Objetivo do curso:

• Promover ampla visão sobre o cyberbullying;
• Promover conhecimento sobre como prevenir e denunciar o cyberbullying;
• Compreender o papel da escola e dos professores no cyberbullying.

Conteúdo Programático:   

1. Surgimento das escolas;
2. Papel das escolas;
3. Tipos de violência na escola;
4. Estatística da violência nas escolas no Brasil e no Mundo;
5. Bullying e Cyberbullying;
6. Papeis na violência;
7. Motivos para a existência da violência nas escolas;
8. Consequências do Bullying e o Cyberbullying;
9. Como identificar e avaliar o Bullying e o Cyberbullying;
10. Possibilidades de intervenção na violência com pessoas e instituições;
11. Aspectos legislativos do Bullying e Cyberbullying.