Questões de logística, desenvolvimento rural, urbano, empresarial e tecnológico, nortearam a terceira rodada de debates do projeto RS 2030.

Questões de logística, desenvolvimento rural, urbano, empresarial e tecnológico, nortearam a terceira rodada de debates do projeto RS 2030. No encontro realizado nesta terça-feira (22/9) no município de Rosário do Sul, prefeitos, vice-prefeitos e representantes de entidades e instituições de 13 municípios da região da Fronteira Oeste discutiram propostas e ideias para o futuro do RS. Presidido pelo coordenador do projeto e prefeito de Canoas, Jairo Jorge, o debate foi prestigiado pelo presidente da Famurs e prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, pelo presidente da Associação dos Municípios da Fronteira Oeste (Amfro) e prefeito anfitrião, Luiz Henrique de Oliveira Antonello, e pelo presidente do Fórum dos Cordes, Hugo Chimenes.

Na abertura do evento, o prefeito Antonello ressaltou a importância da Famurs debater o futuro do Estado a partir das demandas regionais. O presidente da Amfro destacou que “a infraestrutura precária e a dependência do modal rodoviário travam projetos de desenvolvimento, isolam a região e não oferecem alternativas para o futuro”. Antonello defendeu a duplicação da BR-290 e um novo traçado da Ferrovia Norte-Sul para contemplar a região. No projeto original, a ferrovia deverá passar por Santa Maria e Cachoeira do Sul até chegar ao porto de Rio Grande. “Nossa região tem um diferencial que se refere a extensão territorial. São mais de quatro mil quilômetros. Estamos longe do mercado consumidor, de portos, aeroportos e ferrovias. Não podemos continuar assim”, finalizou o prefeito.

O desenvolvimento de cadeias produtivas, especialmente da avicultura, conforme Antonello, “poderia oferecer uma nova alternativa de trabalho e renda no setor primário. O fortalecimento da Universidade Estadual do RS (Uergs) e apoio ao desenvolvimento tecnológico também foram apontadas pelo prefeito de Rosário do Sul, como alternativas para o Estado.

Os mesmos temas foram abordados pelo presidente do Fórum dos Coredes, Hugo Chimenes, que apresentou um diagnóstico da região. Chimenes ressaltou que os 13 municípios da Amfro ocupam 17% do território gaúcho e que o setor de serviços responde por mais de 62% do Valor Agregado Bruto, enquanto o setor agropecuário atinge menos de 22%. “Precisamos diversificar a produção e buscar alternativas para fomentar a economia. A produção da energia eólica é uma das alternativas que pode mudar a nossa realidade”, destacou Chimenes.

Para o coordenador do RS 2030, o debate de Rosário do Sul apresentou importantes contribuições para o futuro do RS. Jairo Jorge destacou a logística, produção primária, energia e empreendedorismo. “Nesta região os prefeitos e lideranças apresentaram os problemas de infraestrutura como gargalos do desenvolvimento. Porém, demonstram uma grande visão empreendedora ao vislumbrar o futuro a partir da diversificação no setor primário e produção de energia limpa e sustentável. Foi um grande debate, finalizou.

Na visão do presidente da Famurs a região da Fronteira Oeste demonstrou ter um grande potencial e capacidade de projetar o RS no cenário nacional. Luiz Carlos Folador disse que, a partir dos debates é possível perceber que descentralizar decisões e promover investimentos locais são alternativas viáveis para o futuro do RS.

Projeto RS 2030 promoveu debate com prefeitos e lideranças da região da Fronteira Oeste. Rosário do Sul. 22/09/2015

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Data de publicação: 23/09/2015