O atendimento hospitalar está ameaçado no interior do Rio Grande do Sul.

O atendimento hospitalar está ameaçado no interior do Rio Grande do Sul. Uma determinação do governo estadual vem restringindo o funcionamento de 88 hospitais filantrópicos de pequeno porte. Para debater esse assunto, a Famurs realiza um seminário no dia 9 de junho, a partir das 14h, na sede da entidade (Rua Marcílio Dias, 574 – bairro Menino Deus – Porto Alegre). Participarão do encontro gestores municipais da cidades atingidas pela medida, além de representantes da Secretaria de Saúde do RS (SES), do Conselho Regional de Medicina (Cremers) e do Sindicato Médico do RS (Simers).

Em vigor desde o dia 10 de março, aResolução 64/2014, da SES, proíbe os hospitais de realizar partos e intervenções cirúrgicas. Contrária à determinação, a Famurs considera a medida impositiva, pois condiciona a transferência de recursos estaduais para a saúde à assinatura do termo de adesão à Resolução. A Federação defende a revisão da proposta que fere o princípio de descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS) e cobra a ampliação dos investimentos em serviços hospitalares nos municípios do interior

Sem a permissão de realizar partos e cirurgias, o hospital de pequeno porte regride ao status de pronto atendimento. Caberá à prefeitura transferir os pacientes a hospitais de referência em municípios vizinhos. De acordo com o presidente da Famurs, Valdir Andres, esse retrocesso acarreta em prejuízos sociais, econômicos e políticos. “Piora o atendimento em saúde, entrava o desenvolvimento do municípios menores e afeta o prestígio do prefeito junto à população”, argumenta Andres. Segundo ele, a medida também contribui para o desaparecimento das cidades pequenas. “As crianças não estão mais nascendo nos municípios do interior, que estão ficando cada vez menores. É uma questão de identidade, pois está se perdendo aquela relação com o município onde se nasceu. E isso é ruim para o desenvolvimento do interior do Estado”, completa o presidente.

Conforme o prefeito Osmar Kuhn, de Chiapetta, na região Celeiro, que participou da audiência, a Resolução ainda afeta o atendimento dos pacientes e aumenta as despesas públicas do município. “Trata-se de um verdadeiro terrorismo com a saúde. Além de retardar o atendimento a quem necessita, a prefeitura terá mais gastos com o transporte dos pacientes até o município de referência”, analisa. Em Inhacorá, na região do Alto Uruguai, o serviço de ambulancioterapia aumentará em três vezes no município, avisa a prefeita Cledi Savariz.

Serviço

O que: Encontro sobre o fechamento dos hospitais no interior
Quando: dia 9 de junho
Horário: às 14h
Local: sede da Famurs (Rua Marcílio Dias, 574 – bairro Menino Deus – PoA).

Assessoria de Comunicação Social
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Uma determinação do governo estadual vem restringindo o funcionamento de 88 hospitais filantrópicos de pequeno porte. Em vigor desde o dia 10 de março, a Resolução 64/2014, da SES, proíbe os hospitais de realizar partos e intervenções cirúrgicas. Contrária à determinação, a Famurs considera a medida impositiva, pois condiciona a transferência de recursos estaduais para a saúde à assinatura do termo de adesão à Resolução. A proposta será revisada pelo governo do Estado.

Informações da notícia

Data de publicação: 21/05/2014

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