Em situação de crise financeira, as prefeituras gaúchas foram novamente surpreendidas com uma despesa extra não prevista no orçamento.

Em situação de crise financeira, as prefeituras gaúchas foram novamente surpreendidas com uma despesa extra não prevista no orçamento. O Instituto de Previdência do Estado (IPE) reajustou para até 22% o valor da alíquota cobrada das prefeituras nos planos de saúde dos funcionários municipais. Esse foi o tema do encontro que reuniu mais de 80 prefeitos no auditório da Famurs, nesta quinta-feira (10/4). Atualmente, 311 municípios possuem convênio com o IPE.

“Aumentar de 13% para 22% é condenar o prefeito à forca. Fomos surpreendidos, e eu não sei o que fazer porque nosso orçamento já estava pronto. Isso é medida de empresário, não de órgão público”, declarou o presidente da Associação dos Município da Zona Sul (Azonasul) e prefeito de Herval, Ildo Sallaberry, que coordenou a audiência.

Os gestores municipais também afirmam que a correção do IPE é abusiva e discriminatória. Ao ser questionado pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, sobre a última atualização do cálculo atuarial do governo do Estado, o chefe de gabinete do IPE, César Bento, reconheceu que a alíquota paga pelo governo estadual não sofre reajustes desde 2004.

Os prefeitos ainda alegam que estão bancando despesas provocados por má gestão do IPE. Conforme o prefeito de Tapejara, Seger Menegaz, é preciso fazer uma auditoria nos atendimentos prestados pelo Instituto nos municípios para verificar a existência de possíveis fraudes. “Queremos um relatório individualizado dos atendimentos prestados em cada município”, afirmou Menegaz.

Segundo o prefeito Ulisses Cecchin, de Ibiaçá, a solução para esse problema pode estar no atendimento biométrico. “Desde 2011, pedimos para que o IPE exija dos médicos e das clínicas conveniadas a instalação de aparelhos de identificação biométrica para ter a garantia dos serviços que estão sendo realizados, mas percebemos que não há um interesse em resolver esse problema”, lamentou.

Entre as reivindicações dos prefeitos também está a representação dos municípios no Conselho de Administração do IPE e mais prazo (encerra em maio) para assinatura dos termos de reajuse aos contratos com o IPE em função da necessidade de adequar os orçamentos municipais.

Ao final do encontro, foi elaborada uma comissão de prefeitos para tratar desses assuntos. O grupo será formado pelos prefeitos Ildo Sallaberry, Ulisses Cecchin, Junaro Figueiredo (São Luiz Gonzaga), Paulo Bier (Santo Antônio da Patrulha), Gildo Bortolotto (Formigueiro), Carlos Jandrey (Ibirubá), Pedrolivio Prado (Jari) e Emanuel Hassen de Jesus (Taquari).

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A Famurs está em tratativas com o Instituto de Previdência do Estado (IPE) para a renovação dos contratos dos planos de saúde dos servidores municipais.

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Data de publicação: 10/04/2014

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