Municípios debatem custo de implementação das UPAs

O custo para a implementação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) gera polêmica entre os gestores gaúchos. O presidente da Famurs e prefeito de Santo Ângelo, Valdir Andres, considera insuficientes os valores repassados para a conclusão das obras e manutenção das UPAs. “O município acaba onerado, pois os valores estão defasados e o percentual de participação de cada ente federado acaba não sendo cumprido”, argumenta.

Andres explica que os valores foram calculados em 2007, ano de publicação da portaria que cria as UPAs. Segundo ele, a parcela que o município precisa investir é muito maior do que o montante repassado pelo Estado e pela União. Em Santo Ângelo, por exemplo, a prefeitura receberá R$ 212 mil por mês, mas o custo total gira em torno de R$ 800 mil por mês, estima a secretária de saúde do município, Preta Belinazzo. Ela justifica que o custo de manutenção das UPAs é maior para os municípios distantes dos grandes centros.

O assunto foi debatido nesta quarta-feira (14/8) durante encontro que reuniu representantes da área de saúde, na sede da Famurs, para trocar experiências quanto à implementação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Atualmente, existem no Rio Grande do Sul há 30 UPAs entre unidades em funcionamento, em fase de elaboração de projeto e construção.

Unidades de Pronto Atendimento

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são unidades de complexidade intermediária, situadas entre a Atenção Básica de Saúde e a Atenção Hospitalar. As UPAs são implementadas em locais estratégicos e são classificadas em três diferentes portes, de acordo com a população da região e a capacidade de atendimento. As unidades devem funcionar todos os dias da semana de modo ininterrupto e são uma parceria entre os governos municipais, estaduais e federal.

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