O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira (29/12), que vai reduzir as exigências mínimas para funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira (29/12), que vai reduzir as exigências mínimas para funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A partir de agora, os gestores municipais poderão definir a capacidade de atendimento das unidades a partir de oito opções de funcionamento e capacidade operacional.
De acordo com as novas regras, o número mínimo de médicos para cada unidade passa a ser dois. Antes, a exigência era de no mínimo quatro. Entre as novidades, também está o compartilhamento e uso de equipamentos de apoio e diagnóstico da rede de saúde local, promovendo a integração das estruturas.
“Neste momento de crise, ninguém melhor que o prefeito para saber qual é a realidade financeira do município. O governo atendeu, em parte, o que pedimos. Podemos avançar na negociação sobre a possibilidade de redução no horário de funcionamento das UPAs”, refletiu o presidente da Famurs, Luciano Pinto.
Em julho de 2016, durante audiência com o ministro da saúde, Ricardo Barros, a direção da Famurs solicitou a redução no número de profissionais que atuam nas unidades. Os representantes da Federação também solicitaram a possibilidade de utilização da estrutura de acordo com a necessidade de cada município, transformando as UPAs em unidades básicas ou centros de referência.
O Rio Grande do Sul conta com 12 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) prontas, mas que seguem fechadas. Essa situação é consequência da falta de repasse para o custeio da estrutura, que pode superar R$ 1 milhão por mês. A gestão das UPAs prevê financiamento compartilhado com recursos dos governos federal, estaduais e municipais. As prefeituras, no entanto, têm sido responsáveis pelo custeio da maior fatia.
Modalidades
Com a nova portaria, os gestores terão oito opções de funcionamento e capacidade operacional, recebendo proporcionalmente do Ministério da Saúde valores de acordo com cada uma dessas opções. Dessa forma, a UPA deverá ter, no mínimo, dois médicos profissionais atuando e realizando 2.250 atendimentos médicos por mês. Nesse caso, o valor de incentivo financeiro para custeio da UPA será de R$ 50 mil mensais e o valor de incentivo financeiro para qualificação será de R$ 35 mil.
No último caso, a unidade deverá ter nove médicos profissionais atuando, e realizando no mínimo 13.500 atendimentos médicos por mês. Nesse caso, o valor de incentivo financeiro para custeio da UPA será de R$ 250 mil e o valor de incentivo financeiro para qualificação também será de R$ 250 mil.
Opções | Nº de profissionais médicos | Nº de atendimentos médicos/mês | Valor do incentivo financeiro para custeio de UPA 24h Nova | Valor do incentivo financeiro para qualificação de UPA 24h Nova |
I | 2 (no mínimo 1 diurno e 1 noturno) | 2.250 | R$ 50.000,00 | R$ 35.000,00 |
II | 3 (no mínimo 2 diurnos e 1 noturno) | 3.375 | R$ 75.000,00 | R$ 52.500,00 |
III (antigo tipo 1) | 4 (no mínimo 2 diurnos e 2 noturnos) | 4.500 | R$ 100.000,00 | R$ 70.000,00 |
IV | 5 (no mínimo 3 diurnos e 2 noturnos) | 6.250 | R$ 137.000,00 | R$ 98.000,00 |
V (antigo tipo 2) | 6 (no mínimo 3 diurnos e 3 noturnos) | 7.500 | R$ 175.000,00 | R$ 125.000,00 |
VI | 7 (no mínimo 4 diurnos e 3 noturnos) | 10.500 | R$ 183.500,00 | R$ 183.500,00 |
VII | 8 (no mínimo 4 diurnos e 4 noturnos) | 12.000 | R$ 216.500,00 | R$ 216.500,00 |
VIII (antigo tipo 3) | 9 (no mínimo 5 diurnos e 4 noturnos) | 13.500 | R$ 250.000,00 | R$ 250.000,00 |
UPAs
O objetivo das UPAs é prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes que estão em situação de urgência e emergência e oferecer os primeiros socorros. Dessa forma, é possível encaminhar o paciente aos serviços hospitalares de maior complexidade especializados, reduzindo a superlotação em hospitais gerais e prontos socorros.
UPAs fechadas no RS
O primeiro motivo que dificulta a abertura de novas UPAs no Rio Grande do Sul é a falta de recursos destinados pelo governo federal para o funcionamento das unidades. Com a insuficiência nos repasses, as prefeituras são obrigadas a custear mais da metade das despesas. Além disso, há registros de atrasos nos repasses do Estado para as UPAs que estão em atividade.
O outro fator é a demora do Ministério da Saúde para realização de vistoria técnica. Somente a partir dessa vistoria que é feita a habilitação da UPA e, consequente, a liberação de recursos federais e estaduais ao município.
UPAs prontas e fechadas no Rio Grande do Sul (12):
Caxias do Sul
Carazinho
Uruguaiana
Santo Ângelo
São Borja
Ijuí
Frederico Westphalen
Três Passos
Alvorada
Cachoeira do Sul
Camaquã
Farroupilha
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Data de publicação: 04/01/2017