O risco de epidemia da doença do mormo tem motivado prefeitos a cancelarem as festividades de 20 de Setembro.

O risco de epidemia da doença do mormo tem motivado prefeitos a cancelarem as festividades de 20 de Setembro. Pelo menos 17 municípios gaúchos não irão realizar desfiles para marcar a data farroupilha, segundo levantamento da Famurs. Outros seis mantiveram a atividade sem a presença de equídeos. São eles: Gramado, Hulha Negra, Imigrante, Montenegro, Santa Maria e Vacaria. As regiões mais afetadas são fronteira oeste, sudoeste, sul e centro do Estado.

A Famurs orienta os prefeitos a não realizar eventos de aglomeração com a presença de equídeos. Conforme instrução normativa da secretaria de agricultura e pecuária do Estado, o trânsito de cavalos, asnos e mulas só é permitido com apresentação de exame negativo de mormo. “A nossa orientação não é para cancelar os desfiles, mas que eles sejam realizados sem a presença desses animais”, esclarece o assessor técnico de agricultura da Famurs, Ismael Horbach.

As penalidades para quem descumprir a instrução normativa são multa de R$ 300 mil, interdição de propriedades e apreensão de animais. Segundo Horbach, o custo e a logística para obter o exame que comprova a sanidade dos animais é um entrave para as prefeituras. “Existem 19 laboratórios credenciados no país e nenhum deles é no RS”, afirma.

Cliquepara ler a nota técnica da área de agricultura da Famurs sobre eventos com a participação de equídeos.

Municípios que cancelaram o desfile

Bagé
Barra do Quaraí
Cacequi
Candiota
Capão do Leão
Jaguarão
Júlio de Castilhos
Lavras do Sul
Paraíso do Sul
Quaraí
Rio Grande
Santa Margarida do Sul
Santana do Livramento
São José do Norte
São Lourenço do Sul
Tupanciretã
Vila Nova do Sul

Municípios que irão realizar desfile temático sem animais

Gramado
Hulha Negra
Imigrante
Montenegro
Santa Maria
Vacaria

Saiba mais sobre o mormo

A doença é transmitida através de pus; secreção nasal; urina ou fezes de animais contaminados e pode infectar humanos. Os sintomas nos cavalos são secreção nasal, febre e fraqueza. Segundo o Ministério da Agricultura, a legislação brasileira e recomendações internacionais sugerem que os animais acometidos por mormo devem obrigatoriamente ser sacrificados e cremados por se tratar de uma doença incurável. Em humanos, o tratamento é feito com antibióticos e dura três meses, mas a taxa de óbitos é alta.

O primeiro caso de mormo no RS foi confirmado em Rolante. Há suspeitas nas regiões do litoral norte, fronteira oeste e noroeste. Ao identificar os sintomas, deve-se notificar imediatamente a Defesa Sanitária e isolar a área e os animais.

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Data de publicação: 27/08/2015