Planejamento de gestão, restrição de viagens e cursos, redução de gastos administrativos, de funções, jornada de trabalho, verbas de publicidade, horas extras e diárias, além de corte de serviços e contingenciamento orçamentário.

Planejamento de gestão, restrição de viagens e cursos, redução de gastos administrativos, de funções, jornada de trabalho, verbas de publicidade, horas extras e diárias, além de corte de serviços e contingenciamento orçamentário. Estas foram algumas das medidas adotadas durante o ano por 64,32% (238 municípios) para conseguir fechar as contas no azul e não deixar pendências financeiras para 2020. Entretanto, 125 municípios (33,78%) ainda ficam com dívidas a pagar no próximo ano para fornecedores, manutenção e encargos da folha de pagamento.

Os dados são resultado de uma pesquisa realizada pela Famurs (Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul) nas últimas semanas e divulgada hoje (23/12). Foram ouvidos 74% (370 municípios) dos 497 municípios gaúchos.

Dever de casa

O “dever de casa” foi realizado com sucesso por 189 municípios (51,08%) que informaram não ter dificuldades para fechar as contas no final do ano. Por outro lado, 181 (48,92%) encontraram problemas para atingir as metas. O aumento na demanda de serviços públicos diversos, o pagamento do piso do magistério e os atrasos no pagamento de convênios estaduais e federais e as crescentes solicitações por serviços de saúde foram, nesta ordem, os principais motivos elencados pelas administrações municipais como empecilhos.

O pagamento do 13º salário aos servidores municipais com recursos próprios das prefeituras também está garantido em praticamente todos os municípios que responderam à pesquisa da Famurs. São 241 prefeituras (65,14%) que vão pagar no prazo e 120 (32,43%) que já adiantaram a gratificação. Somente em oito cidades gaúchas (2,16%) o 13º salário deve atrasar.

Para atingir estes resultados, 73,51% dos municípios (272 municípios) adotaram medidas de economia, mas 25,14% (93 municípios) não precisaram lançar mão destas alternativas. Os principais cortes das prefeituras para fugir do vermelho e garantir o fechamento de contas foram nas despesas administrativas, viagens e cursos e horas extras e diárias.

Dados da pesquisa

 

O seu município terá dificuldade para fechar as contas no final do ano?
Sim51,08%
Não49,82%
Em caso de dificuldade de fechamento de contas, quais os principais motivos?
Aumento na demanda por serviços públicos diversos38,38%
Aumento da demanda por serviços públicos de saúde35,14%
Atraso no pagamento dos convênios/programas estaduais33,78%
Atraso no pagamento dos convênios/programas federais17,57%
Pagamento do piso do magistério9,46%
Outro14,05%
O município deixará pendência financeiras?
Sim33,78%
Não64,32%
Quais pendências? (múltipla escolha)
Fornecedores28,38%
Encargos de Folha de Pagamento (RPPS/INSS/PIS/PASEP)16,49%
Manutenção14,05%
Folha de Pagamento2,70%
Outros4,05%
Com relação ao 13º salário:
Vai pagar antecipado32,43%
Vai pagar no prazo65,14%
Vai atrasar2,16%
Não responderam0,27%
Como irá pagar o 13º salário?
Vai pagar com recursos próprios95,68%
Vai pagar com auxílio ou empréstimo3,24%
Não responderam1,08%
Adotou alguma medida de economia para o fechamento de contas?
Sim73,51%
Não24,14%
Não responderam1,35%
Quais medidas de economia? (múltipla escolha)
Redução de despesas administrativas58,11%
Restrição de viagens e cursos57,57%
Corte de horas extras e diárias50,81%
Corte de serviços29,46%
Contingenciamento orçamentário25,95%
Corte de verbas de publicidade24,05%
Redução de jornada de trabalho22,16%
Redução do número de funções12,16%

Informações da notícia

Data de publicação: 23/12/2019