Corredor do Mercosul – Piratini define amanhã participação em projeto

Uma comitiva do governo do RS liderada pelo vice-governador Beto Grill irá definir nesta quinta-feira (22/3) a forma de participação do Estado no projeto "Corredor do Mercosul". A iniciativa é uma alternativa de logística de exportação desenvolvida pela FAMURS, que visa acelerar o transporte dos grãos produzidos no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai até o porto de Rio Grande. Com a proposta, o transporte da safra do Mercosul, que até então era feito por rodovias do Paraná, será realizado através da malha ferroviária gaúcha, que já está construída.

Desde fevereiro, quando apresentou o projeto ao vice-governador, a Federação aguarda resposta do Estado sobre a possibilidade de disponibilizar o silos da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) para estocagem dos grãos no momento do transbordo rodo-ferroviário. No intervalo entre descarga dos caminhões e carga dos trens ou em caso de atraso dos navios de exportação, os silos seriam utilizados para armazenagem dos alimentos.

A FAMURS ainda espera que o governo participe do projeto por meio de estímulos à industrialização dos municípios das Missões e da Fronteira Oeste, de incentivos fiscais às empresas e de investimentos em infraestrutura na região. Também estarão presentes na reunião os secretários estaduais de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi; de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque; e da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (Agdi), Mauro Knijnik; além do presidente da Cesa, Jerônimo de Oliveira Junior.

Corredor do Mercosul

O projeto tem o objetivo de reduzir os custos do transporte de grãos que hoje é realizado por via rodoviária pelo Paraná. Conforme estudo realizado pela Comissão de Assuntos Internacionais da Assembleia Legislativa, um trem com 60 vagões têm capacidade de transporte equivalente a 300 caminhões. Além de preservar as rodovias do Estado, possibilitar uma diminuição dos índices de acidentalidade e representar uma economia aos exportadores, o projeto também oportuniza a geração de empregos na região .

Com capacidade de 85 mil toneladas, a Cesa de São Luiz Gonzaga é um dos maiores depósitos de grãos da América Latina. Se concretizado o projeto, o município se transformará no porto seco do Mercosul, e a Cesa se tornará referência internacional em armazenamento de alimentos. Além de São Luiz Gonzaga, 24 municípios também serão diretamente beneficiados: São Borja, Bossoroca, Santiago, Cacequi, São Gabriel, Bagé, Capão do Leão, Santa Rosa, Santo Ângelo, Ijuí, Cruz Alta, Uruguaiana, Alegrete, entre outros.

O projeto tem o apoio da Comissão de Assuntos Internacionais da Assembleia Legislativa; da América Latina Logística (ALL), concessionária das ferrovias do RS; da Mercovia, concessionária da ponte internacional entre São Borja e Santo Tomé, na Argentina; do super-porto de Rio Grande; da Federação das Indústrias do RS (Fiergs); e da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (Agdi).

Assessoria de Comunicação Social

Redação: Maurício K. Tomedi

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