Eleito pelos prefeitos em pesquisa como o terceiro maior problema dos municípios gaúchos, o tema das estradas foi o assunto da Assembleia Geral da Famurs desta terça-feira (16/4).

Eleito pelos prefeitos em pesquisa como o terceiro maior problema dos municípios gaúchos, o tema das estradas foi o assunto da Assembleia Geral da Famurs desta terça-feira (16/4). Durante uma hora e meia, 25 presidentes das Associações Regionais de Municípios apresentaram para representantes do governo estadual as principais demandas por obras em rodovias no Rio Grande do Sul. A reunião foi realizada na sede da Federação, com a presença do presidente da entidade, Ary Vanazzi, e do secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira.

De acordo com Vanazzi, a Famurs fiscalizará a realização das obras. "Iremos acompanhar o cumprimento do cronograma apresentado pelo governo do Estado", afirmou. Lançado em 2012, o Plano de Obras do governo estadual prevê uma solução para os 104 municípios sem acesso asfáltico. São cidades cuja ligação ainda é feita por estrada de chão.

No entanto, esse calendário apresenta atrasos na sua execução. Do total de obras prometidas, 27 estão paradas e outras 27 ainda nem foram iniciadas. Apenas 15 estão concluídas e já foram inauguradas. O secretário Caleb explica que problemas técnicos com o licenciamento ambiental e impasses jurídicos com as empreiteiras emperram a conclusão das obras, mas garante que não faltam recursos.

"Não há nenhuma obra abandonada. Todas estão tendo um tratamento diário para resolver os problemas. Temos R$ 2,6 bilhões para investir em rodovias até 2014", assegurou o titular da Pasta.

Para o presidente da Comissão dos Municípios sem Acesso Asfáltico e ex-prefeito de Boqueirão do Leão, João Davi Goergen, a conclusão dessas obras representa uma receita extra às cidades gaúchas. Ele estima que os municípios terão um incremento de 2,5% do PIB com a eliminação das estradas de chão em acessos.

Reivindicações dos prefeitos

"Praticamente todos os municípios têm problema"

Prefeito Zilio Roggia, de Caiçara – presidente da Associação dos Municípios da Zona da Produção (Amzop)

Para conhecer boa parte dos municípios da Zona da Produção, no norte do Estado, é preciso passar por estradas de chão. O prefeito Zilio Roggia ainda reclama da falta de sinalização e do excesso de buracos nas estradas da região. Segundo ele, "praticamente todos os municípios têm problemas". A Amzop cobra providências urgentes do governo estadual.

Duplicação da Estrada da Morte

Ex-prefeito Vilmar Zanchin, de Marau – presidente da Associação dos Municípios do Planalto (Ampla)

Conhecida como Estrada da Morte, o trecho da RS-324, que liga Passo Fundo a Casca, na região do Planalto, precisa ser duplicado. "Muitas pessoas já perderam suas vidas nessa rodovia", alertou Zanchin. O presidente da Ampla também avisa que há municípios na região sem acesso asfáltico e que algumas estradas carecem de manutenção.

Federalização da RS-470

Prefeito Marcelo Schreinert, de São Jerônimo – presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Asmurc)

Uma rota alternativa para o escoamento da produção agrícola gaúcha até o porto de Rio Grande, que hoje acontece pela Região Metropolitana, é a RS-470. A rodovia, no entanto, necessita de mais investimentos para ser duplicada e ter condições de atender a demanda de veículos. O prefeito de São Jerônimo defende a transferência da administração da rodovia para a União como solução para a falta de recursos. Ele explica que a federalização da RS beneficia a Região Carbonífera, que ainda necessita de melhorias em estradas para o transporte do carvão produzido em Butiá e Minas do Leão.

Obras paradas

Prefeito Edegar Cerbaro, de Progresso – presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat)

Problemas técnicos, divergências jurídicas e burocracia são os fatores que impedem a conclusão de obras na região do Vale do Taquari. Os entraves, por sua vez, prejudicam o desenvolvimento dos municípios locais. De acordo com o presidente da Amvat, os prefeitos aguardam a posição do governo do Estado sobre a entrega das estradas. Cerbaro ainda lembra uma antiga reivindicação pela duplicação da RS-453, entre Encantado e Santa Cruz do Sul.

Pelo fim das restrições aos caminhões

Luciano Pinto, de Arroio do Sal – presidente da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte)

Se, por um lado, o tráfego de caminhões na Estrada do Mar (RS-389) afeta as condições da rodovia, por outro a restrição do fluxo prejudica a economia dos municípios litorâneos. O presidente da Amlinorte solicita ao Daer a manutenção da resolução que flexibilizou o acesso de caminhões na Estrada do Mar.

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Data de publicação: 16/04/2013