Trabalho conjunto entre Defesa Civil e Assistência Social colaboram com a prestação de serviço

A certeza de uma aproximação e uma coordenação mais qualificadas entre a Defesa Civil e a área de Assistência Social foi a tônica da reunião desta quarta-feira (28/08) na Casa Famurs, na Expointer, em Esteio. O encontro reuniu gestores municipais da área da Assistência Social, ligadas ao Colégio Estadual de Gestores Municiais de Assistência Social dos municípios gaúchos (Coegemas/RS). O debate girou em torno dos desafios surgidos a partir das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul e deixaram 95 municípios em estado de calamidade pública e mais de 300 em situação de emergência, com uma demanda de 2,3 milhões de pessoas necessitadas.

O presidente da Famurs, Marcelo Arruda, declarou que muitos são os exemplos do trabalho conjunto entre a Defesa Civil e a Assistência Social. Entretanto, segundo ele, também são os muitos os desafios, que trouxeram aos profissionais experiência necessária para que se construa uma melhor ação com a Defesa Civil. “Quem não passou por essa experiência deve aproveitar e aprender com isso” afirmou Arruda.

A vice-presidente do Coegemas, Milena de Assis Mohr, falou da importância de saírem encaminhamentos desta reunião de trabalho, pois é a terceira vez que o colegiado vem trazendo esse tema para o debate, da articulação entre as ações da Assistência Social e da Defesa Civil, devendo estar bem delineados seus papéis.

Para o secretário de Assistência Social do Estado, Beto Fantinel, o início do trabalho foi feito de forma descoordenada, ocasionando uma série de problemas, situação agravada com alguns entraves legais anunciados pelo Ministério Público Estadual. Fantinel acredita que políticas públicas que ofereçam qualificação aos profissionais da rede de assistência social, e a aproximação ainda maior com a Defesa Civil estadual e dos municípios “Estamos estruturando na secretaria essas políticas”, anunciou o secretário.

Já o tenente-coronel Daniel Silva da Silva, chefe-adjunto da Casa Militar de Proteção e Defesa Civil, entende que a descoordenação provocou uma série de problemas, que acaba exaurindo os profissionais, sem que haja o atendimento adequado aos necessitados. “Acabamos fazendo trabalho que não é de nossa alçada”, revelou ele. O militar concorda com uma melhor aproximação da Defesa Civil.

 A reunião colocou em foco a experiência de dois municípios. A secretária de Assistência Social de Segredo e integrante da Diretoria da Coegemas, Aline Lazzari Martini, fez questionamentos ao secretário da Sedes e ao representante da defesa civil estadual em relação aos fluxos e durante a calamidade e da necessidade da construção de um plano de contingência efetivo em âmbito estadual e que sirva de orientação aos municípios. “É importante que as ações que estão sendo feitas pelo estado sejam de conhecimento dos municípios, para o alinhamento, pois a previsão meteorológica de setembro já prevê grandes volumes de chuva e os municípios precisam estar preparados.”

No que se refere a atuação da Defesa Civil e ao trabalho da Assistência Social compartilhados, a secretária de Desenvolvimento Social de Lajeado, Céci Maria Rodrigues Gerlach, relatou que no seu município está bem estruturado. O coordenador da Defesa Civil, Marcelo Maya fez a apresentação trabalho conjunto realizado, e exemplo da organização das doações. Os gestores municipais também aproveitaram para tirar dúvidas sobre a atuação dos órgãos em caso de eventos graves, como o ocorrido em maio.

O apelo também é para que os prefeitos definam o lugar da Defesa Civil nos seus municípios e que conheçam realmente o papel e valorizem o lugar da Assistência Social. Que lugar ela ocupa na estrutura administrativa do município?

Os encaminhamentos da reunião do Coegemas/RS serão enviados para o Conselho Plano Rio Grande dentre os quais a necessidade de:  elaboração e aprovação do plano de contingência estadual com a participação da assistência social, capacitação aos municípios para a elaboração dos próprios planos, reuniões regionalizadas da Assistência Social com a Defesa Civil e capacitação para a Defesa Civil dos municípios.

Ainda no encontro, a vice-presidente do Coegemas, Milena Mohr, entregou aos palestrantes a carta redigida na Assembleia Geral Ordinária do Colegiado, realizada em 31 de julho. O documento apresenta uma série de demandas para a qualificação do serviço prestado.

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A Casa Famurs fica localizada na Quadra 12, em frente ao Pavilhão Internacional, e ficará aberta para atendimento ao público de 24 de agosto a 1º de setembro, das 8h até às 18h. As atividades da Casa Famurs recebem patrocínio do Banrisul, Badesul, BRDE, GovBR e Caixa, além do apoio da Planalto Transportes e Detran-RS.