Reunião promovida pela Área Técnica do Turismo discutiu ações de fomento ao agro gaúcho e boas práticas municipalistas após a tragédia que assolou o RS
A reconstrução do Rio Grande do Sul, assolado pela tragédia climática que atingiu o estado em maio deste ano, passa pelo fomento do setor turístico. Esse é o principal ponto tratado no 12º Encontro dos Dirigentes Municipais de Turismo, realizado na tarde desta terça-feira (27/08), na casa da Famurs na Expointer. Conforme o presidente da entidade, Marcelo Arruda, o Turismo movimenta uma engrenagem da economia nos municípios e o desafio será encontrar um elo entre os governos federal e estadual no fomento do setor. “A intenção é mobilizar os gestores e mecanismos para dar suporte aos municípios nessa tarefa”, disse Arruda, ao abrir o encontro.
Segundo dados da Emater, revelados na reunião, entre os municípios atingidos, 78 decretaram estado de calamidade pública e 340 estão em situação de emergência. Mais de 4.500 comunidades e número superior a 19 mil famílias foram afetadas. O diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Claudinei Baldissera, afirmou que o compromisso do órgão é desenvolver ações de suporte aos municípios.
Para o secretário estadual do Turismo, Ronaldo Santini, os municípios precisam se colocarem como destino para os visitantes. “Há uma gama de possibilidades que fogem dos produtos tradicionais e clássicos, e que precisam ser descobertos ou implementados com muita criatividade”, ensinou Santini. Segundo ele, a enchente trouxe um olhar mundial para o Rio Grande do sul e é necessário aproveitar isso para trazer ao estado os visitantes.
O diretor da Secretaria Extraordinária para Reconstrução do Estado, Milton Zuanazzi, entende que os municípios precisam investir no que definiu como agroturismo. Este setor foi um dos mais prejudicados pelas enchentes e, agora, precisa se estabelecer como produto turístico para reencontrar seu caminho e atrair a visitação. “Temos que fazer o Rio Grande do Sul ser o maior do Brasil no agroturismo”, conclamou ele. Uma das proposições sugeridas pelo diretor é colocar o produtor rural também como produtor turístico, na lei nacional do setor.
O encontro se destinou, ainda, à apresentação dos geoparques, da Unesco, como ótimas iniciativas para fomentar o turismo no RS. Trata-se de locais unificados por sua importância geológica internacional, estabelecidos para fins de proteção, desenvolvimento sustentável e educação. O Rio Grande do Sul tem três dos seis geoparques criados no Brasil. O primeiro deles, o Caminho dos Cânios do Sul, abrange três municípios do Rio Grande do Sul, quatro de Santa Catarina e envolvem a região da Serra do Nordeste gaúcho e Sul catarinense. Outro geoparque é formado pelos nove municípios da Quarta Colônia, uma das regiões onde se estabeleceu a colonização italiana do estado. O terceiro geoparque é no município de Caçapava do Sul. Todos eles têm importância histórica, belezas naturais, produtos culturais, que podem ser utilizados para fomento do Turismo no Estado. Esta é a intenção que os gestores dos geoparques, os prefeitos de São João do Polêsine, Matione Sonego, e de Caçapava do Sul, Giovani Amestoy, manifestaram na reunião desta terça-feira na Expointer.
Visite a Casa Famurs
A Casa Famurs fica localizada na Quadra 12, em frente ao Pavilhão Internacional, e ficará aberta para atendimento ao público de 24 de agosto a 1º de setembro, das 8h até às 18h. As atividades da Casa Famurs recebem patrocínio do Banrisul, Badesul, BRDE, GovBR e Caixa, além do apoio da Planalto Transportes e Detran-RS.
Informações da notícia
Data de publicação: 27/08/2024
Créditos: Renato Araújo
Créditos das Fotos: Guilherme Pedrotti