Cientes da importância da divisão das receitas do petróleo, os prefeitos do Rio Grande do Sul decidiram pressionar os parlamentares gaúchos a votar pela derrubada do veto à lei dos royalties.

Cientes da importância da divisão das receitas do petróleo, os prefeitos do Rio Grande do Sul decidiram pressionar os parlamentares gaúchos a votar pela derrubada do veto à lei dos royalties. Serão enviados e-mails para deputados federais e senadores, solicitando que votem em favor da distribuição da receita proveniente da exploração das bacias de petróleo. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (13/12), durante Assembleia Geral da Famurs.

Na próxima terça-feira (18/12), a matéria deverá ser apreciada pelo Congresso, em sessão conjunta da Câmara Federal e do Senado. Se derrubado o veto da presidente Dilma Rousseff, passará a vigorar a matéria original que prevê a divisão igualitária dos recursos, beneficiando as prefeituras do RS. De acordo com o presidente da Famurs, Ary Vanazzi, a redistribuição dos royalties representa uma vitória dos municípios e da população. "A distribuição da riqueza não é uma derrota da presidente Dilma, mas uma conquista do povo brasileiro", destacou.

Vanazzi também ressaltou que a divisão das riquezas do Brasil é o primeiro passo para uma nova relação entre União, Estados e municípios. Atualmente, o governo federal concentra, sozinho, mais de 60% de todas as receitas arrecadas no País. O presidente da Associação Gaúcha Municipalista (AGM), José Scorsatto, considera o veto uma medida inadmissível e incompreensível. "Precisamos mais do que nunca que o Tribunal de Contas e o Ministério Público atuem juntos nessa luta para que os prefeitos não sejam apenas despachantes de luxo, mas possam administrar seus municípios".

Caso o veto seja derrubado, os municípios gaúchos receberão, a partir de 2013, R$ 383 milhões de royalties, 170% a mais do que arrecadaram em 2011. Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os recursos do petróleo não devem ficar somente com os três Estados e 31 municípios considerados produtores. "O petróleo é propriedade da União", afirmou Ziulkoski, antes de lembrar que a nova lei dos royalties respeita os antigos contratos e também prevê a destinação de investimentos para a educação.

Também participaram do movimento órgãos e entidades representativas como a Assembleia Legislativa, o Ministério Público (MP), o Tribunal de Contas (TCE) e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). De acordo com o juiz Eugênio Terra, a nova lei dos royalties é justa. "Acreditamos que a derrubada do veto garante que os municípios consigam cumprir suas obrigações com a população". O subprocurador de Assuntos Institucionais do MP, Cezar Faccioli, alertou que a reforma tributária deve ser urgente. "Já passou da hora de haver uma divisão das riquezas do País. Não temos o apoio da Dilma e da Xuxa, mas temos a razão da justiça federativa e força do RS", ressaltou.

Para o deputado Gilmar Sossela, a lei dos royalties significa um ato de igualdade entre os entes da federação. "Precisamos derrubar o veto para restabelecer o pacto federativo. Ele traz uma maior igualdade e capacidade de investimento aos municípios". Esteve presente no encontro, ainda, o diretor administrativo do TCE, Sandro Correia de Borba.

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Data de publicação: 13/12/2012