Equipes técnicas dos órgãos estaduais e federais das áreas de Agricultura, Meio Ambiente e Saúde avaliaram medidas conjuntas para evitar novos contágios.

A Famurs coordenou, nesta segunda-feira (9/10), reunião para definir medidas conjuntas para enfrentamento dos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em animais marinhos no litoral gaúcho. O diagnóstico da doença foi confirmado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) na última sexta-feira (6/10). 

A preocupação da entidade é definir com rapidez o protocolo de profilaxia para orientar o manejo e descarte dos animais garantindo a biossegurança. A influenza é uma doença viral que no contato com o animal sintomático pode haver a possibilidade de contaminação em humanos. Inclusive, a orientação é que as pessoas não se aproximem dos animais suspeitos de contaminação.

A notificação do aparecimento dos leões-marinhos e lobos-marinhos mortos ou doentes foi registrada na quarta-feira (4/10). Até o momento foram encontrados 80 animais na praia do Cassino, em Rio Grande; em Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar; nos Molhes da Barra de São José do Norte; na Praia Real, em Torres, e em Quintão.

“A Famurs está atenta em mais essa pauta, pois é importante que os municípios estejam bem orientados nessa questão da gripe aviária, em virtude da saúde pública e para que, quanto antes, se evite novos contágios”, enfatizou o presidente da Famurs e prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi. 

Durante a reunião virtual, foram esclarecidas dúvidas dos municípios acerca do uso correto de EPIs, limpeza e esterilização de maquinários, lugares corretos para o enterro dos animais, possibilidades de contaminação do lençol freático, como proceder com a falta de fármacos para eutanásia, e de envio de recursos para suporte aos municípios. Os gestores também questionaram qual orientação seguir, tendo em vista que há mais de uma instrução sobre o tema. 

Para subsidiar os municípios, será compilado um documento orientativo, com informações já levantadas pela Seapi, Sema (Meio Ambiente) e SES (Saúde), que visam unificar orientações que auxiliem no manejo e destinação de animais possivelmente contaminados. 

A partir do encontro, também ficou definido que a Famurs irá oficiar os governos estadual e federal, solicitando recurso emergencial para que os municípios possam arcar com os custos do enterro desses animais, de forma segura. 

Para a população, a orientação é que, caso encontrem aves ou mamíferos marinhos doentes na praia, não mexam nos animais nem se aproximem; não permitam o acesso de cães e gatos a esses animais; e avisem o órgão ambiental ou de sanidade agropecuária mais próximo. 

Havendo necessidade de novos esclarecimentos e orientações aos municípios, outras reuniões deverão ser promovidas pela Famurs. 


Canais de notificação - Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033. O canal funciona sete dias por semana, 24 horas por dia.

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Data de publicação: 09/10/2023

Créditos: Janis Morais e Ellen Renner

Créditos das Fotos: MAPA