O presidente da Famurs, Luciano Orsi, articulou o encontro na reunião com os municípios afetados no Litoral Norte, em Osório, coordenada pelo vice-governador, Gabriel Souza.
Os prefeitos e prefeitas de 11 municípios da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), fortemente atingidos pela passagem de um ciclone-extratropical, na última sexta-feira, receberam comitiva de secretários de Estado e orientações técnicas da Defesa Civil do Estado e do governo federal, em reunião coordenada pelo vice-governador, Gabriel Souza, nesta segunda-feira, dia 19/06, em Osório.
Durante o encontro, foi confirmada a realização de uma reunião na sede da Famurs com os municípios afetados. Será na sexta-feira, dia 23/06, às 9h, com o objetivo de reforçar o apoio aos municípios e intermediar o acesso a todas as informações disponíveis que possam ajudar a minimizar os danos locais.
Nesta manhã, o presidente da Famurs, Luciano Orsi, deslocou-se para a região do litoral, a mais impactada pela chuva no estado, acompanhando a mobilização de socorro às vítimas e as definições sobre os próximos passos para o reconhecimento federal sobre a situação de emergência e calamidade e das ações de ajuda humanitária.
“O momento é de união, solidariedade e atenção aos procedimentos para dar rapidez no acesso às políticas de apoio. Ouvimos sábado do ministro Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, que o governo federal será sensível e próximo das demandas dos municípios. Vimos hoje o empenho do governo do Estado. A Famurs também está mobilizada, orientando passo a passo no auxílio aos encaminhamentos necessários dos municípios”, declarou.
Realizada no auditório do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral, a reunião foi coordenada pelo vice-governador, Gabriel Souza, que frisou, na presença de diversos secretários de Estado, que a prioridade é cuidar das pessoas. “O governo está atendendo a população, mas houve muita destruição. Precisamos resolver o problema emergencial para que possamos conectar novamente as cidades, resolver as questões estruturais e o restabelecimento de serviços de Saúde e Educação”, apontou.
Políticas sociais de ajuda humanitária - O secretário de Assistência Social, Beto Fantinel, esclareceu que foi definida a elaboração de uma nota técnica para dar segurança aos gestores municipais na aplicação de recursos que integram a política de cofinanciamento da Assistência Social e a aplicação de um formulário para o levantamento da realidade de cada família afetada. “Ontem passamos a lista dos 41 municípios afetados e solicitamos a antecipação do pagamento do Bolsa Família para que todos os beneficiários recebam uma parcela na conta para ajudar nessa situação”, relatou.
Outro compromisso social do governo do Estado foi apresentado pelo secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Fabrício Peruchin. Sobre a reconstrução das casas das famílias atingidas, disse: “ainda não temos número exato de residências totalmente destruídas. Vamos trabalhar forte para reconstruir todas as que se perderam nesse evento”. O analista do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério do Desenvolvimento Regional, Rodrigo Lindinger relatou que estão sendo articulados no governo federal recursos de ajuda humanitária para as famílias atingidas pelas chuvas. O auxílio pode abranger a abrigagem das famílias via Ministério do Desenvolvimento Regional, kits emergenciais do Ministério da Saúde, cestas básicas via Ministério de Desenvolvimento Social, e o saque calamidade pública.
Obras de acesso e retomada de serviços - A secretária de Estado de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, esclareceu, em relação às licenças ambientais necessárias às obras emergenciais de reconstrução, que a análise vai depender dos relatórios encaminhados pelos municípios, considerando que o decreto de calamidade define isenção de licenciamento. “No caso das obras maiores, podemos formar um conjunto pela ação desse evento climático e dar um licenciamento com um tom um pouco diferente do rito ordinário”, ponderou.
A secretária de Educação, Raquel Teixeira, sublinhou que as perdas na região atingem 200 escolas. “Os jovens precisam ser acolhidos, por isso vamos trabalhar para garantir o retorno mais rápido possível das aulas”. O secretário de Secretaria de Logística e Transportes, Juvir Costella, disse que o trabalho de reconstrução envolve o DAER e a EGR e defendeu que sejam feitas obras que permaneçam já nos próximos dias.
Hoje, 25 militares das Forças Armadas estão em Caraá auxiliando na busca de três pessoas ainda desaparecidas. Em Maquiné, há três comunidades em isolamento, causado pelos bloqueios nas vias de acesso. No total, 41 municípios foram atendidos pela Defesa Civil devido ao desastre, registrando 13 óbitos, 4.986 desabrigados e 1.537 desalojados.
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Data de publicação: 19/06/2023
Créditos: Janis Morais e Monique Mendes
Créditos das Fotos: Guilherme Pedrotti