O gigantismo estatal impacta severamente o setor produtivo.

O gigantismo estatal impacta severamente o setor produtivo. A máquina pública, pretendendo ser onipresente, tomou para si muitas responsabilidades, gerando enormes arcabouços legais e burocráticos. E quando ela não cumpre sua função, prejudica a todos.

Uma clara amostra disso são os acessos municipais. Hoje, 64 municípios gaúchos ainda não têm pavimentação nas estradas que ligam a cidade às rodovias. Os prejuízos dessa situação são conhecidos. O escoamento da produção agrícola fica mais difícil e caro; indústrias desistem de se instalar naquele município, deixando de gerar emprego e renda.

Outro exemplo das barreiras impostas à livre iniciativa é o excesso de burocracia. Empresas esperam meses e até anos para obter os licenciamentos necessários para operar. E, quando iniciam o trabalho, sofrem com a enorme carga tributária. Como resultado disso, o Brasil está na posição 122 no ranking global de competitividade, entre 150 países.

Em um momento de grave crise, criar dificuldades para a economia é um flagrante contrassenso. Quando uma grande indústria fecha, centenas de pessoas perdem seus empregos e outros vários negócios acabam fechando. Consequentemente, o município perde arrecadação, deixando de ter dinheiro para aplicar em saúde e educação.

Essa lógica precisa ser invertida, com o Estado sendo o primeiro interessado em desenvolver o setor privado. Isso passa pela redução da burocracia, simplificação da tributação, ampliação do acesso ao crédito, qualificação da infraestrutura viária e incentivo às potencialidades locais.

Não é a máquina estatal que faz a economia girar. São as pessoas, empresários e trabalhadores, cada qual com suas responsabilidades. Criar um ambiente favorável ao empreendedor é condição essencial para reencontrarmos o caminho do desenvolvimento.

Presidente da Famurs e ex-prefeito de Arroio do Sal

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Data de publicação: 14/03/2017