O painel “A importância do patrimônio histórico no RS” abriu a programação no segundo dia do 25º Fórum dos Dirigentes da Cultura do Rio Grande do Sul, que acontece em paralelo ao 38º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul.

O painel “A importância do patrimônio histórico no RS” abriu a programação no segundo dia do 25º Fórum dos Dirigentes da Cultura do Rio Grande do Sul, que acontece em paralelo ao 38º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul. O debate conduzido pela secretária de Cultura de Santo Ângelo, Neusa Cavalheiro, contou com a presença da superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Juliana Erpen, da arquiteta e diretora do Iphan, Renata Galbinski Horowitz, da historiadora, Beatriz Muniz Freire, e do secretário municipal de Cultura de Pelotas, Giorgio Ronna.

O tema que deu início ao painel foi apresentado pela gestora Juliana Erpen, e Beatriz Freire com o título “Patrimônio Imaterial”. Na oportunidade, Erpen falou da importância do patrimônio histórico do RS, e citou pontos relevantes do nossoEstado, como a região das Missões. Lembrou, ainda, que o RS é o maior repositório das reduções jesuíticas guaranis e que só em 2017 o Iphan investiu 45 milhões em restauração de patrimônio histórico. “O patrimônio cultural representa a identidade de uma comunidade, mas se esse patrimônio não é restaurado, valorizado, acaba abalando a auto estima da comunidade”, afirmou.

Já Beatriz Freire, falou sobre a política de salvaguarda do patrimônio imaterial e da importância de reconhecer práticas identitárias. “Até o ano de 2000 quando essa política foi instituída não tínhamos ferramentas para esse reconhecimento. Atualmente existe muitos grupos na sociedade brasileira cuja a memoria não se traduz em objeto, em edificações, ela se traduz em práticas culturais que se perpetuam no tempo”, concluiu Freire.

O segundo tema foi “Educação Patrimonial” , apresentado pela administradora Renata Galbinski Horowitz, onde foi abordado a importância de se trabalhar a memória, a identidade, a auto estima, a percepção do patrimônio cultural no município. “O nosso objetivo é que os municípios realizem um levantamento de suas referências culturais, para que a gente consiga compor o cenário do Estado e não ao contrário, como foi feito por muito tempo. No momento temos a valorização do patrimônio cultural e suas referências passamos a desenvolver uma compreensão de que é cultura e de como podemos utiliza-la como contribuição na economia local”, afirmou Horowitz.

E por fim o dirigente Giorgio Ronna abordou o tema “Do sal ao açúcar: Patrimônio material e imaterial de Pelotas” . Durante sua explanação Ronna falou sobre a recente conquista junto ao Iphan – com o tombamento do conjunto histórico do município, juntamente com o registro das traduções doceiras e com o reconhecimento de Pelotas Antiga – como patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Abordou ainda a importância do patrimônio para a cidade, políticas públicas de preservação e como isso afeta o bem-estar da comunidade. “É muito rica essa relação entre a comunidade pelotense e o seu patrimônio. Eu gosto de imaginar que o patrimônio é uma espécie de espelho onde a gente se reconhece como cidadão dessa cidade, dessa região, com seus hábitos e práticas culturais”, finalizou.

Confira a programação:

10h45– Revisão e aprovação do Regimento do Conselho dos Dirigentes Municipais de Cultura do RS e da Carta do 25º Fórum de Dirigentes de Cultura do RS.
12h– Intervalo para almoço
14h– Painel:  “Apresentação das propostas para a Cultura dos pré-candidatos ao Governo do Estado do RS”

Mediador: Evandro Soares – Vice-presidente do CODIC e secretário municipal de Cultura de Bento Gonçalves.

16h– Encerramento e deslocamento para o 38º Congresso dos Prefeitos e posse da nova Diretoria da Famurs – Auditório Dante Barone – Assembleia Legislativa

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Data de publicação: 05/07/2018